LIXO TECNOLÓGICO
Considera-se lixo tecnológico (ou e-lixo) todo aquele gerado a partir de aparelhos eletrodomésticos ou eletroeletrônicos e seus componentes, incluindo os acumuladores de energia (baterias e pilhas) e produtos magnetizados, de uso doméstico, industrial, comercial e de serviços, que estejam em desuso e sujeitos à disposição final.Composto por materiais não-biodegradáveis (um monitor leva 300 anos para se decompor) e altamente tóxicos (metais pesados, mercúrio no meio), estes devem ser reciclados com cuidado (somente por empresas especializadas, que são pouquíssimas no Brasil), para não contaminar o meio ambiente. Os métodos usuais de incineração e eliminação descontrolada do lixo eletrônico no Brasil, por conta do elevado grau de toxicidade dos metais pesados, acabam por gerar graves problemas ambientais e de saúde pública. Um típico monitor de PC (Personal Computer, computador pessoal, em inglês), pode conter até 25% do seu peso em chumbo. Por isso, alguns estados norte-americanos proíbem o descarte de qualquer lixo eletrônico, principalmente os CRTs (tubos de imagem), nos aterros sanitários.
Outro grande problema é o seu volume crescente. O mundo joga fora cerca de 50 milhões de toneladas de sucata eletrônica por ano, entre computadores, celulares, televisores e aparelhos de som. Em 2007, os brasileiros compraram 20 milhões de computadores, 11 milhões de televisores e 21 milhões de novos telefones celulares. Este ano, serão vendidos mais de 10 milhões de computadores e cerca de 49 milhões de celulares. Enquanto as empresas de informática iniciam programas para tornar seus equipamentos mais ecologicamente corretos (*), os ativistas voltam suas atenções para os aparelhos de TV, que tem contribuído de forma crescente para o acúmulo de lixo tecnológico. A transição dos velhos tubos de imagem para telas planas de cristal líquido (LCD, por conta da chegada da TV Digital), tem acelerado o processo no Brasil. E, já observaram como cresceu o uso de pilhas ? Qualquer radinho ou bonequinha tipo “barbie”, agora, é alimentado a pilha. A equação é simples: quanto maior o consumo, maior a produção de lixo tecnológico.
O QUE FAZER COM ELE
A desmanufatura (ou desmonte) do lixo tecnológico permite recuperar: metais, plásticos, vidros e outros componentes, além de metais preciosos (ouro inclusive) de difícil separação, que exigem alto grau tecnológico de metalurgia. Por outro lado, nessa sucata, são encontrados diversos elementos contaminantes, como fósforo, chumbo, cromo, cádmio e mercúrio (alguns dos chamados “metais pesados”), que requerem tratamento especial.
Existem três opções usuais de descarte para o lixo tecnológico:
1) entregá-lo ao fabricante (se ele aceitar);
2) vende-lo (por um precinho bem camarada); ou
3) doá-lo para instituições de caridade, comitês de democratização da informática (CDIs) ou para reciclagem.
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